segunda-feira, 12 de março de 2012

Mini carta de apresentação.

A opção acadêmica que fiz no ano de 2000 foi fruto da crença na arte como instrumento de potencialização da vida. Os 7 anos como estudante para tornar-me professora de artes visuais me abriram um leque de referências e experiências no campo da didática e das práticas artísticas. Ter sido professora no Radical Colégio e curso em Recife no ano de 2001 foi fundamental para entender um pouco o sistema de ensino em vigor no Brasil. Preparar situações educativas e avaliar o alcance das propostas eram os pilares do meu trabalho.


Ser educadora nas bienais de Sào Paulo nas edições de 2006 e 2008 e supervisora na edição de 2010 me colocou em contato direto com obras de arte que mesclam sentimento e criticidade. Ao fazer parte destas equipes pude participar de discussões e ser um dos seres vibrantes que acreditam e promovem o desenvolvimento do país.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Reflexão sobre o trabalho como supervisora no Educativo da 29 Bienal de São Paulo.

Aqui estou a escrever sobre algo que não para de se mover. Neste momento posso boiar, mergulhar, agitar ou surfar... Boiar para ser levada pela corrente, mergulhar para ver as profundezas, agitar para sair do marasmo e surfar para sentir a potência do mar desta 29 Bienal de São Paulo.

Jovens, na maioria em seu primeiro trabalho, foram convidados para ativar a exposição junto ao público visitante. Rotas variadas foram desbravadas e descobertas efetivadas. Há de se fomentar mares diversos para população! 160 ilhas a disposição! Gire a bússola do seu coração para a pesquisa e esta te libertará; converse com os barqueiros e sinta a pulsação de uma travessia feita de jetski, lancha ou canoa. A poesia deve flutuar no coração de quem navega e animar redemoinhos mentais, espaciais ou temporais.

Supervisionar é o mesmo que estimular a autonomia, a criatividade e a ação humanizada e pessoal; garantir que as informações circulem e assegurar a possibilidade de um serviço de qualidade para todos os navegantes. Portanto, visão e ações integradoras, acompanhamento e auto-avaliação da prática no conjunto integrado das demandas da navegação requer estudo e planejamento constante, ou seja, a formação em serviço, a mente ativa e o corpo vibrante para que os fluxos não virem a embarcação.

Escrito por mim em um workshop sobre Arte Moderna e Contemporânea.

Que mundo é esse?

Moderno ou contemporâneo?

O que nos torna humano?

Ser de um local, versar com a cultura, fazer parte de grupos...

Mas destes grupos sem cor, sem identidade... grupos que enxergam como cães - em p/b... onde pesa mais o lucro do que a solidariedade?

Será mais importante uma demarcação, uma conceituação ou uma imersão?

Faça você mesmo o seu mundo, desbrave rotas novas e desligue o GPS.

Caia na deriva, livre-se das marcações e viva seu mondo em relação.